A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (15), a Operação Farra Brasil 14, com foco no combate a fraudes digitais no aplicativo Caixa Tem. A ação aconteceu no estado do Rio de Janeiro e teve como objetivo desarticular uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em benefícios sociais pagos pelo Governo Federal.
Segundo a investigação, os criminosos ofereciam propina a funcionários da Caixa Econômica e de casas lotéricas para ter acesso indevido a valores no app Caixa Tem. Esse aplicativo é usado por milhões de brasileiros para receber auxílios sociais, FGTS e seguro-desemprego.

Durante a operação, foram apreendidos:
- 20 celulares,
- 6 notebooks,
- 2 carros,
- Diversos documentos que vão passar por perícia técnica.
De acordo com a Polícia Federal, mais de 749 mil casos de fraudes bancárias envolvendo o Caixa Tem foram identificados desde 2020, totalizando quase R$ 2 bilhões em prejuízos.
A investigação contou com o apoio da Central Nacional de Prevenção a Fraudes e da Corregedoria da Caixa no Rio de Janeiro. As principais vítimas são beneficiários de programas sociais, mas também houve prejuízos a trabalhadores com saldos no FGTS e Seguro-Desemprego.
Ao todo, 80 policiais federais participaram da operação, cumprindo 23 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Rio, como Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. A Justiça Federal também determinou medidas restritivas para 16 pessoas investigadas.
Os envolvidos poderão responder por crimes como:
- Organização criminosa
- Furto qualificado
- Corrupção ativa e passiva
- Inserção de dados falsos em sistema de informação
As penas somadas podem chegar a 40 anos de prisão.
A Caixa Econômica Federal, em nota oficial, afirmou que colabora com as investigações e que mantém monitoramento constante para prevenir fraudes digitais. O banco reforçou que possui tecnologias avançadas de segurança e equipes especializadas para proteger os dados dos clientes e os serviços bancários.
Maxwell Iure, possui certificacões em cibersegurança e redes de computadores, com foco na conformidade com normas de proteção de dados. Graduado em Direito pela Una e pós-graduando em Direito Digital.